sábado, 12 de novembro de 2011

CMTC BUSCA SUBSÍDIOS OUVINDO A COMUNIDADE

Engª Flávia Araujo e Jonas Rocha analisam mapa e possível itinerário

Engª Flávia Araujo, Srª Marlene e Jonas Rocha debatem o transporte coletivo na Região Sudoeste de Goiânia

Engª Flávia Araujo, Jonas Rocha e Srª Marlene com documento encaminhado à CMTC



                Atendendo a convite da Gerente de Programação Operacional da CMTC, Engenheira Flávia Araujo Xavier, no dia 07 de novembro, juntamente com a moradora do Jardim Presidente, Srª Marlene, discutimos em proveitosa reunião a situação do transporte coletivo da Região Sudoeste, notadamente dos Setores Faiçalville e Jardim Presidente.
                Durante a reunião, dentre outros assuntos importantes, sugeri a retomada da linha Jardim Presidente/Faiçalville/Terminal Bandeiras, linha esta que foi retirada já há algum tempo, sem prévia discussão com as comunidades atingidas, ocasionando inúmeros transtornos aos usuários.
                A linha de ônibus que serve à comunidade tem origem no município de Aparecida de Goiânia e quando passa no bairro já vem totalmente lotado, sem a mínima condição de atender aos moradores.
                Apresentamos planilha com itinerário anteriormente discutido com moradores e representantes, que foi acatada e bem vista pela simpática e interessada engenheira.
                Entendo que dessa forma, com a CMTC ouvindo e buscando as lideranças comunitárias, a chance de sucesso na solução dos graves problemas do transporte coletivo será muito maior.

Jonas Rocha

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

LINHA 014 - REFLEXO DE UM SISTEMA RUIM!

O sorriso de felicidade dos políticos contrastando com o sofrimento do usuário do transporte coletivo em Goiânia.

               Emissoras de radio e redes sociais como o twitter noticiaram que na manhã de quinta-feira, dia 3 de novembro de 2011, houve uma manifestação de usuários do transporte coletivo  no Terminal Izidória, localizado no Setor Pedro Ludovico, região sul de Goiânia.
                Ao ver as reportagens na TV, percebi que era uma manifestação espontânea, nascida da indignação do povo, do massacrado usuário que diariamente sofre com atrasos, mau tratamento por parte de fiscais do sistema e principalmente, superlotação. Sem contar ainda o alto preço da tarifa, um dos mais caros do Brasil.
                No Terminal Izidória passam diariamente cerca de 70 mil pessoas. É um terminal acanhado, pequeno, onde qualquer aumento no volume de passageiros traz desconforto mais ainda do que já é possível ter.
                O transporte coletivo de Goiânia precisa ser urgentemente repensado. Medidas céleres e eficazes precisam ser tomadas. É preciso uma gestão efetiva no sistema. Gestão de verdade, sem medo de enfrentar os problemas. Falta de recursos não pode ser.  As empresas nadam em dinheiro e os financiamentos são abundantes. O caso deve ser tratado como prioridade dos governantes. Não falo sequer em conforto ao usuário, pois os veículos que servem ao transporte são o que há de mais desconfortável no mundo, projetados efetivamente para transportar passageiros em pé, com lotação máxima e um mínimo de decência.
                O governo estadual acena com novos ônibus no eixo anhanguera – que vieram tarde, mas vieram – e o sonhado VLT, veículo leve sobre trilhos, que era chamado ainda no longínquo governo Santillo de Metrô de superfície, infelizmente nunca saído do papel, da fase de projeto.
                Em todas as eleições passadas, o transporte coletivo foi um dos temas mais debatidos. Ainda soam em meus ouvidos a afirmação do Ex-prefeito Iris Rezende: “Preciso de seis meses para consertar o transporte coletivo em Goiânia”. Passaram-se mais de seis anos e nada, tudo como dantes, ou até pior um pouco.
                A Prefeitura de Goiânia emite sinais que não vai dar mole a quem utiliza veículo próprio para se locomover pela cidade. Alem das dificuldades de estacionamento, em breve teremos a presença dos contestados e detestados parquímetros. Se tivéssemos um transporte coletivo eficiente a maioria não se importaria de deixar seus veículos em casa, evitando ou minimizando o estrangulamento no trânsito, que se vê todos os dias na capital.
                O episódio do Terminal Izidória traz uma advertência: o povo tá cansado. Cansado e muito. E começa a reagir, a protestar espontaneamente. É um estopim de pavio curto, prestes a explodir. Se a PM-GO não tivesse agido com muito cuidado e eficiência, gerenciando o problema de forma firme, mas privilegiando o diálogo, poderíamos ter tido ali uma situação de muita gravidade, até com vítimas. Felizmente a condução com alto teor de bom senso resultou apenas em um pacífico e até rápido movimento.
                Que as autoridades enxerguem o exemplo do Terminal Izidória e movam ações com resultados práticos urgente. O transporte coletivo, freqüentemente chamado de transporte de latas de sardinha, pode se transformar em uma imensa panela de pressão, sem controle e com resultados imprevisíveis.